São Luís, 15 de junho de 2021.

 

Meu querido JK,

Me desculpe, por não ser capaz de ficar ao seu lado, de não ser atenta, sinto muito por ter que fazer isso. Sinto muito por ser fraca e magoar você. Não se culpe, não ache que é culpa sua, além do mais, apenas consegui aguentar até agora por você, porque rimos e choramos, então, não pense que não te amo. 

Quero que viva, que seja forte, seja o que eu não fui. Viva a cada vão momento. Somente você foi capaz de me fazer amar como nunca tinha amado em toda a minha vida, meu primeiro e último amor... Não queria que isso se tornasse algo triste, queria que nosso último contato fosse mais caloroso, queria abraçar-te, sentir você ao menos pela última vez.

E assim, quando mais tarde me procurar, talvez a morte já tenha me levado e você estará nessa angústia de quem vive, ou na solidão de quem ama. Em outra vida, eu serei sua garota de novo. 

"Com amor, o amor da sua primeira vida"

Luma.

Vou te amar por todas as primaveras.

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Aluna: Luma Aguiar da Silva

Texto-base: Poema Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes